terça-feira, 19 de maio de 2015

Pedalando até o The Cloisters - NY

Ahhh a Primavera!! Melhor e tão esperada época do ano por aqui!! Então vamos aproveitá-la!!
Um dos meus lugares preferidos na cidade é a margem do Rio Hudson, um dos meus modos de transporte favoritos, a bicicleta. Unindo os dois, temos um passeio bem legal e diferente pra fazer por aqui.



Nova York tem o sistema das citibikes, equivalentes as nossas bicicletas do Itaú que são uma ótima opção para circular pela cidade, mas no caso desse passeio, aconselho alugar mesmo uma bike pelo dia, pois além de não pagar taxas extras ao não entregar em tempo, vc terá uma bike muito mais confortável e equipada. Além disso, as citibikes são pesadas e vão te cansar mais rápido. 

Há dois locais para aluguel por dia em West Village, já bem perto do rio:
- Waterfront Bicycle Shop na 391 West St com a Cristopher St
- Hudson Urban Bicycles na 139 Charles St com a Washington St

Mas se você quiser fazer um percurso mais curto há vários outros pelos arredores do Central Park.

E o destino final? Fui fazer umas fotos de trabalho no The Cloisters, Os Claustros, que é uma filial do Met, o Metropolitan Museu, destinado a coleção medieval do mesmo e fiquei morrendo de vontade de voltar lá para conhecer melhor. Ele fica no topo de uma colina, no fim de Manhattan, com vista para o Rio. A construção é linda, datada de 1930, construída exatamente para isso, em estilo medieval, inspirada em outros Claustros franceses e catalães.


Saindo de West Village, aproveitando a paisagem, passamos por diversos pontos turísticos, como o Intrepid Museum, que é um museu dedicado a força aérea e marítima e que funciona dentro desse enorme porta-aviões localizado no Pier 86 com a 46th St.







Na altura da rua 58 entramos para a cidade e caímos no Central Park, onde tomamos um suco pra hidratar e seguimos o Loop do parque (sentido do tráfego) até sair no Harlem. 













No Harlem, bairro de concentração afro-descendente,  além das famosas igrejas gospel (um dia faço post sobre elas), está o Teatro Apollo, notável na cena musical da cidade.



Seguindo direto, pela mesma Martin Luther King Blvd, chegamos no Dinossaur BBQ. Dependendo do horário nos finais de semana, a espera pode ser longa, mas se você tiver sorte será um ótimo combustível pro resto da pedalada que vem a seguir. 



Além das carnes (e do molho barbecue) uma boa pedida aqui são os acompanhamentos, como a coleslaw (salada de repolho), purê de batata doce e principalmente o corn bread, essa broínha de milho que na foto parece um muffin.





De volta na "estrada", hora de apreciar a linda paisagem e a vista de New Jersey com a Washington Bridge ao fundo. Conforme o número das ruas vai subindo, a paisagem vai ficando menos urbana e o Riverside Park fica um pouco mais descontraído (descuidado)  e deserto.













Chegando aos pés da Washington Bridge, paramos para ler melhor sobre o pequeno farol que fica embaixo dela,  o qual é famoso pelo livro infantil The Little Red Lighthouse e apreciar a vista para Downtown New York.
















Saindo de lá, passamos por baixo da ponte, subindo até chegar na passarela, onde cruzamos a pista de carros em direção a rua 181.









Na rua 181, é só pegar a esquerda a Fort Washington Ave, seguindo reto (e subindo) até o Cloisters.

Fachada pelo lado de fora.





Assim como o Met, o Cloisters também tem o sistema de tickets de valor sugerido. Ou seja, se você pedir um ticket na bilheteria, eles vão te falar 25 dólares, mas você pode pagar o valor o qual quiser contribuir. Vamos dizer que você entrará no museu faltando 1 hora para fechar ou está com o orçamento apertado, pague 10 ou 5 dólares. 

A coleção não é das mais interessantes, pelo o menos pra mim, que não vejo tanta graça na arte medieval. Essa visita vale a pena pelos bonitos claustros, pela sensação de estar andando por um cenário de filme antigo e pela pedalada, claro. 








Na parte de trás há um bonito jardim com uma pequena horta e algumas laranjeiras e oliveiras, além de uma bela vista do rio entre as árvores. Há também um café, servindo sanduíches e snacks, com mesas do lado de fora. 













Esse tapete é a obra mais importante presente por lá, vem de uma série de 7 tapetes holandeses, confeccionados em lã e seda. Chama-se Unicórnio no cativeiro e retrata a lenda do animal mítico preso em um círculo na floresta, após ter sido capturado com o uso de uma virgem como isca, embaixo de um pé de romã, simbolizando a fertilidade.
Voltando às bikes, agora é só alegria, só descida voltando à George Washington Bridge. 






Se você fizer esse percurso no período das cerejeiras, fim de abril/início de maio, ainda vai ver uma linda fileira das mesmas na altura da rua 120. 





No caminho de volta, sem passar por dentro do Harlem e Central Park, seguimos direto pela beira do rio, passando por um dos meus pontos preferidos em Ny.
O pedaço referente às rua 79 e 55, um dos meus preferidos na cidade, abriga vários atrativos, como o Boat Basin, um barzinho que fica na beira do Rio, de frente para uma marina. Ótima parada pra tomar um drink, apreciando a Pôr-do-sol.




















Neste local havia um pátio ferroviário abandonado da linha Penn Central.
Na década de 80, Ronald Trump o comprou e depois de uma série de batalhas na justiça, conseguiu destruí-lo e construiu ali as torres Trump.
Ainda existem alguns resquícios do mesmo, como esta ponte submersa e uma locomotiva de 60 anos, devidamente aposentada e conservada.

















A locomotiva e as torres Trump ao fundo
Este pedaço do parque é muito bem conservado e abriga 7 esculturas de diferentes artistas, como este balanço gigante e colorido e o abraço caloroso logo abaixo.





A partir dali, o percurso é o mesmo da ida.
É só aproveitar o lindo pôr-do-sol, que neste pedaço do rio, nunca decepciona.

Concorda comigo? (foto sem filtro, de um pôr-do-sol que ganhei de presente num dos meus primeiros meses por aqui!)


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