segunda-feira, 22 de setembro de 2014

Shall We Go To Philadelphia??? (Parte 2)

Continuando...
Leia a Primeira Parte aqui.

Domingo:
Decidimos começar o dia logo cedo pelo Museu Barnes Foundation, também na Logan Square, mas fomos surpreendidos por um grande numero de pessoas que tinham reservado e comprado seus tickets antes. Só conseguimos disponibilidade para voltar as 4 da tarde! Ou seja, para esse museu especialmente, não deixe de comprar seu ticket com antecedência!

Plano B, fomos ao Museu Rodin logo ao lado (incluído no ticket do dia anterior para o Philadelphia Art Museum, guarde-o). O museu é bem pequeno, mas conta com a maior coleção de peças de Rodin fora de Paris. A arquitetura, as réplicas de esculturas pelo jardim,  já valem a visita. 

























Na mesma praça também fica a Catedral-Basilica Saint Peter and Paul. Olhando de fora não é possível prever a beleza e magnitude de seu interior, dê uma espiada!






Depois nos dirigimos para Rittenhouse Square, uma praça famosa para os phillyes (será que podemos chamá-los assim?), endereço nobre, é aqui que os moradores locais vem fazer seu brunch, religiosamente aos finais de semana, lugar para "ver e ser visto". A praça tem um belo parque originalmente planejado por William Penn para a cidade.






















O Restaurante Parc, de culinária francesa, é conhecido como o melhor brunch! (infelizmente a fome foi maior que a vontade de fazer foto, sorry!) 


De lá seguimos para a Independence Hall, local onde foi proclamada a Independência dos Estados Unidos em 1776. Um ano depois, ali foi discutida e aprovada a primeira constituição do pais.








Em frente encontra-se um dos mais notáveis símbolos da revolução, O Liberty Bell (sino da liberdade), foi tocado, entre outras vezes, para convocar os cidadãos da Philadelphia à leitura da constituição. 
Fato curioso é que o sino apresentou uma rachadura logo nos primeiros toques e ao tentarem sua reparação, esta aumentou, acarretando na inutilização do mesmo.
Hoje o sino "descansa em paz" numa redoma de vidro. As visitas são gratuitas, mas é preciso pegar um ticket no Visitor Center primeiro. Sem vontade nenhuma de enfrentar as filas enormes, demos uma espiadinha nele por fora, através do vidro mesmo. 




Vai encarar? Tem um sol pra cada um...





De lá, já era hora de voltar ao Barnes Foundation.

Barnes foi um milionário do setor farmacêutico, colecionador e estudioso de arte. Após uma visita a Paris em 1912, onde se familiarizou com o trabalho de modernistas como Picasso e Matisse, ele passou a adquirir muitas obras. Uma década depois, começou a construir uma Instituição Cultural para promover o avanço na educação e apreciação de artes plásticas.
Sua coleção chegou ao impressionante número de 800 pinturas, sendo 181 obras de Renoir (verdade!!), 69 de Cèzanne e muitos outras de Picasso, Van Gogh, Matisse, Degas, e meu querido, Monet.
Sua localização era originalmente no interior da Philadelphia, mas após algumas brigas na justiça e grande polêmica, conseguiram estabelecê-la na capital.





Pausa para esse momento!
Pensa num museu ultramoderno por fora, com uma arquitetura super legal refletindo num espelho d'agua e lá dentro uma coleção E-NOR-ME de obras impressionistas e modernas...Apaixonei!!!! 
E quase chorei!!








Não é permitido tirar fotos (Ops!), mas ainda consegui essa aqui pra mostrar um pouco da disposição das obras. 
A sensação é de se estar andando pela casa de alguém. As molduras e objetos de decoração dão um toque a mais em cada sala. 














Pra fechar com chave de ouro, ainda estava acontecendo a exposição "The World Is an Apple", com uma coleção de naturezas-mortas, somente maças, de Cézanne.











Saindo de lá, (isso mesmo, guenta ai, não acabou ainda não), fomos em busca do mais famoso quitute da área, o sanduíche famoso nos Estados Unidos inteiro, o Philly Cheesesteak.



Andando pela South Street você vai notar uma diferença pro resto da cidade, com um clima um tanto "underground", alternativo, há vários graffites espalhados pelo caminho. Muitos deles fazendo referencia ao cenário musical da área quando ainda existia o teatro The Royal.





Mais pra frente vc vai se deparar com um dos maiores mosaicos a céu aberto do mundo!!






O Philadelphia's Magic Garden é o resultado do trabalho do artista Isaiah Zagar. A versão norte-americana do nosso Selarón, dedicou décadas de sua vida para embelezar a vizinhança da South Street. Além do impressionante  espaço que é seu ateliê (que infelizmentee já estava fechado quando passamos), há vários mosaicos enormes espalhados pelas laterais dos prédios no quarteirão. 
 



E mais alguns metros, finalmente, chegamos no Jim's Steaks. Fundada em 1976 essa lanchonete serve o mais famoso e melhor Sanduiche de Carne da cidade. (recomendado pelo meu respectivo que morou lá alguns anos e experimentou muitos) A fila na porta não nos deixa dúvidas!







A fila anda rápido, o serviço é acelerado e durante a espera vc vai criando um buraco no estômago sentindo o cheiro das fatias finíssimas de carne grelhando e olhando autógrafos e fotos de figuras famosas pelas paredes, que confirmam o titulo de melhor da cidade.

O menu não é muito extenso,  não há espaço ou tempo para duvidas, decida antes de chegar na boca do grill! (visualiza o espoleto da porta dos fundos!)
Basta escolher o tipo de queijo: whiz, provolone ou swiss e os acompanhamentos: cebola grelhada, cogumelo, pimentão...
Dica: Whiz é um queijo cremoso derretido, imprescindível no seu sanduíche!!

Um com whiz e cebola, um com cogumelo e provolone, mais refrigerante de cereja pra ajudar! :-)
Sim, o pão parece um tanto "massudo", pior que não, quando vc se dá conta, já comeu um inteiro!!
Pronto, agora é so voltar pra Ny rolando!!


E então, é isso, Philadelphia, uma ótima opção de passeio de um final de semana ou dois dias, perfeito escape de Nova York ou Washington. Cidade pequena de certa forma, recheada de passeios culturais, ótimos museus e gastronomia! 
;-)


Shall We Go To Philadelphia??? (Parte 1)

Sábado de manhã, aquela esticada básica no alarme, sem planos em NY, surge uma idéia.
Bora pra Philadelphia?
Só se for agora!!!
E assim foi, levantamos as 10.30, arrumamos uma mochila rapidinho e pegamos o ônibus de 11.15! Pois é, vapt-vupt!!

Philadelphia, no estado da Pennsylvania, fica há 1hr e 40 de Trem ou 2 horas de ônibus de NY.
Existem várias cias que fazem o percurso e grande disponibilidade de horário.
Os ônibus da cia BoltBus ainda oferecem WI-Fi e tomada! :-)
Em tempos de escravidão do smarthphone, esse fato vale mais do que 20 minutos a menos de viagem!! Concordam?
Tempo suficiente pra reservar um hotel e já fazer um mini roteiro do que visitar.

Aconselho ficar hospedado ao redor da Logan Square, que fica há uma distancia pequena dos principais museus, do City Hall e do Reading Terminal Market. Dá pra fazer isso tudo andando.



Embassy Suites em Logan Square: Vários pontos turísticos numa vista só!
Sábado:
Os trens ou ônibus chegam na 30th street station, ha uns 15 minutos de caminhada de Logan Square. Depois de despachar as mochilas no hotel e movidos por uma fome de três mendigos grande, seguimos em direção ao Reading Terminal Market para almoçar.










No caminho fica o City Hall, prédio da prefeitura, com sua arquitetura imponente da época do segundo império, é o maior prédio municipal dos Estados Unidos. 

No topo fica uma estátua de William Penn, figura ilustre na cidade, empreendedor inglês, criador da província da Pennsylvania. (Além do rostinho simpático dos produtos da marca Quaker!)





























O Reading Terminal Market foi construído em 1892 no andar térreo de um imenso galpão de trens.
Ao longo dos anos o mercado sobreviveu, mesmo com as mudanças no mercado de consumo, ao seu declínio na década de 70, quando parte de seu teto caiu, até ressurgir das cinzas nos anos 90 quando foi vendido para o Convention Center, que fez, além de uma grande faxina, um recrutamento de novos vendedores. Hoje o mercado é frequentado por locais, em busca de produtos de qualidade e turistas animados pela grande diversidade culinária das barracas de comida, entre outros produtos.





Há quase 80 stands, todas pequenas empresas independentes, representando uma grande diversidade de nacionalidades. É fácil se perder, aconselho pegar um mapinha na entrada. 
Entre tantas opções, foi difícil, mas resolvemos experimentar as famosas Costelas do The Rib Stand e os Dumplings e os espetinhos de frango agridoce do Thai Food Market. Imperdíveis!!!




O Baby Ribs é uma opção mais saudável, tem menos gordura e mais carne do que o regular.


São poucos os stands com lugares pra sentar, pegue seus quitutes e dirija-se ao Seating Area. 
A maioria dos vendedores não aceita cartão, leve dinheiro ou acabará pagando taxas extras nos ATM's espalhados pelo mercado. 

Devidamente alimentados, seguimos para o Philadelphia Museum Of Art que fica ao final da avenida Benjamin Franklin e tem, além de uma vista linda do Skyline da cidade, as famosas escadas do filme Rocky, estrelado por Silvester Stallone.



O museu fecha as 5, chegamos lá por volta das 4, mas mesmo assim revolvemos arriscar e deu tempo pra ver tudo. 
Com três andares, cerca de 220 mil peças e ainda exibições temporárias, este é um dos maiores museus dos Estados Unidos. Lembrando o Louvre, em forma de U, é dividido em Arte Americana, Européia, Asiática e Arte Contemporânea. 



























O que mais me encantou nesse museu, e faz dele um passeio imperdível, é o fato de as alas serem reproduzidas com tamanha maestria. Ao entrar na ala de Arte Asiática , vc se sente realmente num jardim japonês. Até o teto/iluminação são feitos de forma a vc se sentir ao ar livre.





Não deixe de reparar na riqueza de detalhes do teto dentro do templo chinês. 

Parece ou não, o interior de uma igreja católica?
A ala de arte moderna conta com uma grande coleção (linda) de pintores impressionistas e pós-impressionistas, como Monet, Van Gogh, Picasso e Dali.  :-)  







Ao sair do museu, damos de cara com uma imensa fila para...vejam só!!! 
Uma foto com a estátua do Rocky!! (Por algum tempo ficava localizada no topo da escada, mas deve ter incomodado muita gente chata e agora fica na lateral do museu.)

Você pode até disfarçar, não querer admitir, não correr escadas acima (e rir dos outros turistas fazendo isso), abafar o som do hino "Pa pa pam, pa pa pam" na sua cabeça, mas a verdade é, mesmo vc não sendo fã de filmes de luta (talvez tendo crescido com irmãos mais velhos que te obrigavam a assistir assim mesmo), no fim, você também entrará na fila e, pior,  fará a pose clássica: 


Penn University Campus:
A Philadelphia é uma cidade universitária, entre outras, lá fica uma das faculdades de mais prestígio dos Estados Unidos, a Penn, fundada por, nada mais, nada menos, do que Benjamin Franklin, em 1749.
O Campus fica um pouco fora do centro da cidade, aconselho pegar um taxi até lá. 
A arquitetura é impressionante, vale a pena a visita!!! A sensação é de estar num filme britânico (leia-se Hogwarts) invadido por estudantes do American Pie. 


















Há algumas estatuas de Franklin espalhadas pelo campus, além de algumas de suas famosas citações ao longo da Locust Walk.


















Moshulu:
Mais uma vez andando, curtindo o clima, a temperatura amena e a arquitetura da cidade, fomos até a beira do rio Delaware jantar no Restaurante-Barco Moshulu.



City Hall iluminado.
Street Art pelo caminho.


Moshulu é o maior e mais velho veleiro do mundo ainda flutuando. Construído em 1904 na Escócia, foi usado inúmeras vezes para transporte de mercadorias entre a Europa, América e Austrália, chegando a marca impressionante de dar 54 vezes a volta no Cape Horn, ponto mais extremo da América do Sul.













Tivemos sorte de ser Restaurant Week, semana a qual os restaurantes preparam um menu degustação por um preço fixo, ótima pedida e negócio para alguém curioso que adora provar um pouco de tudo, como eu. :-)

Após apreciar os lindos e deliciosos pratos, aconselho dar uma passeada pelo convés. Não, não precisa  reproduzir a cena do Titanic
O Deck é enorme, até uma certa hora o bar fica aberto, com música ao vivo. Mesmo que tenha outros planos pra jantar, vale a pena a visita para pelo o menos um drink e depois conferir os murais com fotos contando a historia do veleiro. 






To be continued....
Parte Dois.