quinta-feira, 20 de agosto de 2015

Trilha Salkantay - Dias 3 e 4 - Dormindo com Machu Picchu

3° Dia:Após uma tarde relaxante nas piscinas naturais no dia anterior (leia aqui), e uma noite de sonhos - #soquenão pois os galos peruanos acordam, e cantam, umas 3 da manhã - Como nos outros dias, ás 5.30, os guias trazem chá de coca na barraca para nos despertar. Terminamos de arrumar nossas coisas, tomamos mais um café-da-manhã reforçado e lá vamos nós, fazer um pedaço de uma das trilhas incas originais e acampar, simplesmente de frente para Machu Picchu. Rá!
12 km - Altitude: 2700m
Andamos meia hora pela estrada, serpenteando o vale, até chegar na entrada da trilha.





As trilhas construídas pelos incas são diferenciadas, marcadas pela construção característica em degraus de pedra.


Passamos por uma fazenda de café, onde os grãos são cultivados, ressecados, moídos e embalados lá mesmo, de forma artesanal, por uma família.


Depois da paradinha pra moer café, começamos a subida de 4 horas por um clima totalmente diferente dos outros dois dias anteriores , uma floresta tropical, um sol de rachar, muito calor e uma vegetação bem mais fechada. 
Acho até que esse é o ponto mais encantador da trilha Salkantay. Não fiz a Inca então não posso comparar, mas achei bem interessante a forma como passamos dias completamente diferentes e vivemos um pouco de tudo do Peru. Especialmente por esse ser um país muito diversificado, onde se apresentam, simplesmente, 84 dos 104 micro-climas do planeta!!

Me apaixonei por esse capim rosado que nos acompanhou por todo o caminho! Queria até levar pra casa!


 Fez muito calor nesse dia, por isso é importante levar chapéu, um short ou calça mais fresca.

Levei uma modelo linda pra posar pra mim! :-P













E quando você pensa que tudo o que você queria nessa peregrinação era uma cachoeira pra dar uma refrescada...
Lá está ela!!! Ô glória, ó céus!

Conforme vamos subindo, belas vistas do vale vão aparecendo.



Finalmente no topo, chegamos numa floresta fechada, de árvores enormes, cobertas de musgo e bromélias. Seria assustador se não fosse lindo!!
Me senti na floresta de Harry Potter e fiquei só esperando morrer do coração quando uma tarântula gigante aparecesse.
Não apareceu, graças a Deus, mas um tucano sim!!



























Meia hora depois, chegamos nas ruínas Incas de Llactapata.
Não se sabe direito se foi um templo, um armazém, mas seja lá o que era, tinha uma vista privilegiada!!!
Com vocês, Tchachararan: Machu Picchu!!!




Sim! É essa montanha mesmo, de binóculo dava até pra ver as pessoas andando por lá!!

Dentre as paredes dessas ruínas, ensinados pelos guias, fizemos as nossas simbólicas oferendas, prática que era comum entre os incas.







De lá seguimos pro almoço no que seria nosso acampamento da tarde/noite.


Lunch with a view!!!


E daí a gente se pergunta, como é que eles conseguem carregar (e preparar) isso tudo?




Um dos pontos altos dessa viagem foi, com certeza esse acampamento! A Alpaca é a única cia de turismo que aqui pode acampar. Ou seja, por esse, entre vários outros motivos, eu super a recomendo!!


4° dia: 15km - Altitude: 2000m

Que nem criança na manhã de natal, acordei ansiosa pra ver o sol nascendo por cima de Machu Pichu.

Um brinde, com chá de coca as 6 da manhã, mais do que especial!!

Iniciamos a nossa descida de 2 horas rumo a Hidrelétrica, mais uma vez zigzagueando o vale.
Com o terreno úmido, escorregadio e as coxas já cansadas dos dias anteriores, aqui vemos como os cajados - walking sticks - são super úteis. Evitam quedas e, pra quem tem problemas no joelho, são indispensáveis!!





























Atravessando a ponte,  chegamos a uma linda - e gelada - cachoeira, subproduto da tal estação. 

Os pés agradecem!!!

























Mais adiante chegamos a estação final de trem, onde, depois de almoçar, seguimos pelos trilhos até a cidade de Águas Calientes.
















Esse é o dia no qual você vai agradecer por ter levado seus tênis.
Faz bastante calor e na mesma proporção que a bota é ótima nas descidas e terrenos úmidos, ela é quente e pesada em terrenos planos.




Vamos seguindo na mais pacata peregrinação, no máximo cruzando com mais alguns mochileiros, quando de repente ouvimos a buzina!! Corre e sai da frente que lá vem o trem!!!


























Após 4 horas de caminhada, chegamos a Águas Calientes, também conhecida como Machu Picchu Pueblo, a vila que é o portão de entrada do sítio arqueológico.


























Um tanto bagunçada, com muitos restaurantes estilo pega-turista, tem de principal um mercado de frutas e verduras, onde eu vi (muito contrariada) os porquinhos da índia que são ingrediente do prato mais famoso da região; e uma feira de artesanato, onde compramos, casacos de lã de lhama e souvenirs - lembrancinhas - em geral. 

Mas, vale ressaltar o mais importante: é o lugar do primeiro banho quente - e lavagem de cabelo - da viagem inteira!!
Ô glória!



Depois do banho de 1 hora, nos encontramos todos e ali, após a última refeição feita pelos nossos queridos e sorridentes cozinheiro/carregadores/ajudantes nos despedimos dessa turma. 
Sabemos que essa é a grande, e talvez única, oportunidade da vida destes que muitas das vezes ficam meses trabalhando duro - muito duro -  sem ver a família, então é a hora de externar o quanto o papel deles é importante, não só com gorjetas, mas com abraços também!

E a gente vai dormir feliz, dando mais valor ainda ao banho, a cama macia, ao lençol, ao travesseiro!!
Amanhã, finalmente, a terra prometida!
Leia aqui! ;-)

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